Glossário

Categorias de igrejas:

– Catedral, ou Sé: originário dos termos em latim cathedra e sede (cadeira, assento), é a igreja que possui a cátedra de um bispo, e é a principal igreja de uma diocese.

– Capela: são igrejas menores, feitas para atendimento de grupos específicos – capelas de fazendas, colégios, palácios, quartéis, etc. Há também as capelas no interior de igrejas maiores – as capelas laterais, capela do Santíssimo, etc. Nesse caso, são subdivisões com altares destinados a devoções específicas, ou para uso de irmandades abrigadas pela igreja, ou, ainda, para celebrações simultâneas (casos de conventos com muitos clérigos que devem cumprir obrigação de celebrar diariamente).

– Basílica: é um termo de origem greco-romana, associado a um espaço amplo destinado a reuniões e assembleias. Com a oficialização do cristianismo pelo imperador Constantino, o modelo foi adotado para a reunião dos cristãos. As Basílicas Patriarcais de Roma são igrejas diretamente subordinadas ao papa, e ao redor do mundo há também outras igrejas que, por sua importância devocional, histórica ou artística, recebem do papa o título de Basílicas Menores.

As Basílicas menores possuem duas insígnias que as distinguem das demais igrejas:

1) a Umbela Basilical – um baldaquino em forma de sombrinha. Possui listas nas cores amarelo (ouro) e vermelho (púrpura), cores da cidade de Roma. Ainda que posteriormente o Vaticano tenha mudado suas cores para amarelo e branco, permanece a tradição do amarelo e vermelho nas umbelas basilicais. É derivação de uma antiga tenda militar que servia para abrigar o imperador tornou-se papal.

2) o Tintinábulo –  um campanário móvel, ou um sino portátil., composto de uma haste que sustenta um pequeno sino ornado com um ícone de basílica titular. Na parte superior, possui o símbolo pontifício (tiara papal cruzada por duas chaves). É um campanário processional, sua função é de chamar a atenção dos fiéis para a passagem dos cortejos da basílica. Nas procissões, a umbela vai à frente do tintinábulo e este à frente da cruz processional.

 

– Igreja abacial ou conventual: igreja que faz parte de uma abadia ou mosteiro.

– Igreja votiva: igreja construída em cumprimento a um voto ou promessa.

– Matriz: é a principal igreja de uma cidade ou de uma paróquia.

– Santuário: desde o Antigo Testamento, é um termo associado a um lugar sagrado. Uma igreja santuário é geralmente construída em honra a alguma devoção ou manifestação espiritual específica, e para a qual fiéis de outros lugares costumam se dirigir (ex: Fátima, Lourdes, Aparecida, Congonhas do Campo).

 

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Composição externa de uma igreja barroca

 

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Igreja de Santa Luzia, Rio de Janeiro

 

 

 

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Parte interna

– Altar: local onde é realizada a missa ou onde se coloca algum ícone ou imagem para veneração

– Altar-mor: o altar principal (maior) de uma igreja

– Arco-cruzeiro: divide a nave central da capela-mor

– Capela-mor: parte principal da igreja, onde fica o altar e o presbitério

– Coro: parte elevada, geralmente nos fundos da igreja, onde ficam se colocam os corais e órgão

– Cripta: galeria existente em algumas igrejas, para servir de local de sepultamento

– Estalas: série de assentos localizados na capela-mor, para uso de religiosos durante as celebrações ou ofícios

– Nave central: local onde fica o público e os assentos

– Para-vento: uma segunda porta de madeira, em frente à porta principal, que tinha a função de evitar a entrada de vento na igreja e causar apagamento de velas, etc. Também serve para isolar a igreja do movimento da rua.

– Presbitério: parte da igreja mais próxima ao altar, onde ficam os celebrantes e cerimoniários

– Púlpito: tribunas localizadas nas laterais da nave central, destinada à leituras e realização de sermões. Eram mais utilizados na época em que não haviam microfones. Atualmente são usados mais em ocasiões solenes.

– Sacristia: sala contígua ao altar-mor, destinada a guardar paramentos e objetos usados nas missas e cerimônias

– Transepto:  nave transversal que atravessa o corpo principal de uma igreja e lhe dá a forma de uma cruz.

– Tribuna: varanda elevada, de acesso mais restrito, para assistir as cerimônias

 

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Mosteiro de São Bento, Salvador

 

 

Referências:

– Alvim, Sandra Poleshuck de Faria. Arquitetura religiosa colonial no Rio de Janeiro: plantas, fachadas e volumes. Rio de Janeiro:UFRJ, 1999

– Pastro, Claudio. Guia do Espaço Sagrado. São Paulo: Loyola, 2001

– Tirapelli, Percival, Igrejas Barrocas do Brasil, São Paulo: Metalivros, 2008