Arraial de São Luiz e Santana da Minas do Paracatu foi o primeiro nome dado ao centro minerador descoberto por volta de 1744 no noroeste mineiro – uma região que possuía comunicação facilitada com a Bahia, graças à comunicação por via fluvial, que era facilitada pelos rios São Francisco e Paracatu.
A sua igreja matriz, dedicada a Santo Antônio, foi iniciada sob os cuidados do padre Antônio Mendes Santiago, no ano de 1746. É a mesma grande construção que se vê até hoje, feita de taipa e adobe com estrutura de vigas de aroeira. A ausência de torres é atribuída à influência dos povoadores paulistas – os mesmos que também povoaram Goiás, e que raramente incluíam campanários nas suas igrejas.
Em 08/02/1755 Dom Francisco Xavier de Aranha, Bispo de Olinda, autorizou a criação da Freguesia de Santo Antônio da Manga do Paracatu, e, em 1798, o rei de Portugal erigiu o arraial em Vila de Paracatu do Príncipe.
No interior da igreja, há sete altares feitos em cedro, dos quais os dois do cruzeiro possuem influência do estilo Dom João V, e os demais possuem arquivoltas simples, lembrando outros retábulos também encontrados em algumas igrejas do norte de Minas. Segundo a historiadora Terezinha de Jesus Santana Guimarães, o altar mor – mantido na coloração pura do cedro envelhecido – pertenceu à primitiva Igreja de Sant’Anna. Na década de 1930 aquele templo estava em vias de ruir, e o retábulo foi desmontado e levado em carros de boi para a matriz, onde permanece até hoje.
Em 1929, a matriz passou a sediar uma prelazia carmelita, e, em 1962, com a criação de uma diocese para o local, essa igreja foi elevada ao status de catedral.
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REFERÊNCIAS:
-ETZEL, Eduardo. Arte Sacra, Berço da Arte Brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 1984
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