Igreja do Carmo da Lapa do Desterro – Rio de Janeiro – RJ

No século XVIII, o famoso bairro carioca da Lapa era conhecido como ‘Areias de Espanha’. Ali havia uma praia, onde, em 1751, foram construídos um seminário e uma capela dedicados a Nossa Senhora do Desterro.

O autor do projeto foi o engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim. No interior, as obras de decoração transcorreram até 1780, quando foram finalizados os altares.

Quando Dom João VI mudou-se de Portugal para o Brasil (1808), ele instalou-se nas dependências do antigo convento carmelita (atual igreja da Antiga Sé). Com a chegada da comitiva real, os frades carmelitas foram desalojados, e receberam como residência o seminário do Desterro, onde passaram a viver. O templo então passou a ser chamado de igreja de ‘Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro“.

Em 1810 a imagem de Nossa Senhora do Carmo foi solenemente transladada da antiga igreja conventual, e permanece até hoje na atual igreja da Lapa.

A igreja possui duas torres, das quais uma nunca chegou a ser concluída. Na segunda metade do século XIX, foram revestidas de azulejos.

IMG_1689

IMG_1691

IMG_1664

IMG_1645

IMG_1646

IMG_1615 IMG_1622

____________________________________________

REFERÊNCIAS:

– CARVALHO, Benjamin de, Igrejas Barrocas do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira S.A., 1966

– Dornelles Facó, Anne (coord.), Guia das Igrejas Históricas da Cidade do Rio de Janeiro, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Especial de Projetos Especiais, 1997

5 comentários sobre “Igreja do Carmo da Lapa do Desterro – Rio de Janeiro – RJ

  1. Gostaria de saber porque as obras na segunda torre da Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Desterro ficaram inacabadas, ou seja, quais foram os motivos que impediram que a obra fosse concluída ?

    Curtir

    1. Segundo dizem, antes da mudança dos carmelitas havia a previsão de transformar a igreja do Desterro em uma igreja matriz (portanto, com uma rede de capelas vinculadas à ela). Assim, ela receberia um embelezamento, incluindo o acréscimo dessa segunda torre. Mas como acabou sendo transformada em igreja conventual, não houve mais essa necessidade, pois, salvo raras exceções, há um costume carmelita de manter suas igrejas conventuais com apenas uma torre.

      Curtir

Comentários

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.