A Serra do Espinhaço foi o primeiro lugar do Brasil onde se descobriram diamantes. Na época – por volta de 1710 – isso atraiu muitos aventureiros para o então Arraial do Tejuco (atual Diamantina). Com o passar dos anos, a mineração foi se estendendo para o norte da província de Minas Gerais, até que, no final do século XVIII e início do século XIX, foram descobertos diamantes ao longo do Rio Itacambiruçu e também na vizinha Serra de Santo Antônio – nessa última, trata-se do único caso no mundo em que diamantes foram encontrados diretamente nas rochas. A partir desses achados, pessoas se mudaram para a região, e formou-se o povoado de Santo Antônio do Itacambiruçu, posteriormente denominado “Grão Mogol” .
Sobre a origem do nome do local, há diferentes versões: alguns dizem ter sido dado em referência a um grande diamante indiano batizado de ‘Grande Mongol’, e outros afirmam ser derivado de “grande amargor”, em virtude de alguns conflitos e mortes ocorridos entre os garimpeiros.
Dentre os personagens da região, destaca-se Guálter Martins Pereira – o Barão de Grão Mogol – nascido em 1826 em uma fazenda da região, e que ficou conhecido pelo trato humanizado que dispendia aos seus escravos.
Logo que a Coroa Portuguesa, em 1840, transformou o arraial em Vila Provincial, e posteriormente em ‘distrito’, foram reunidos esforços para construir uma igreja matriz. O referido Barão de Grão Mogol cedeu vários de seus escravos para auxiliarem na construção do templo, que seria inteiramente feito com rochas retiradas da região.
A igreja foi dedicada a Santo Antônio, o frade franciscano nascido em Lisboa e que viveu em Pádua, na Itália. Era amplamente venerado pelos portugueses e seus descendentes, e, ao que parece, sua devoção na região de Grão Mogol antecedeu à construção da matriz, uma vez que a própria cadeia montanhosa da região já fora batizada em sua homenagem.
Apesar do frontispício possuir um estilo eclético, em linhas gerais a matriz segue o traçado das igrejas barrocas, com dois altares laterais e uma capela mor ornada de um grande altar em madeira, dotado de pequenos oratórios para diversos santos. Há poucos ornatos no interior da igreja, mas a rusticidade trazida pelas pedras e pela estrutura em madeira deixam o ambiente extremamente agradável e acolhedor.
Preservada pela distância em relação a grandes centros urbanos, a pacata cidade de Grão Mogol (que também possui ruas com casario histórico e um presépio em tamanho natural), é um local onde se pode imergir nas mais genuínas e autênticas raízes do povo do sertão mineiro.

Capela do Santíssimo Sacramento

Altar-mor
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REFERÊNCIAS:
– GrãoTur
– Linda a grandeza que existe na simplicidade da história ! 😀
A Igreja, mesmo pequena, tem uns corredores encimados por arcos que lembram os claustros dos mosteiros.
Austera, toda de pedra ela não deixa de ser uma fortaleza !
Linda !
Aparenta ser tão abençoada, quanto os ambientes em que se reza muito no interior.
Muitíssimo convidativa para a oração. 🙂
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Maravilha quero visitar de perto este local mágico e cheio de fé em Santo Antônio
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Linda igreja. Quero muito volta a visita esse lugar lindo e abençoado.
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É realmente lindo de ver o quão maravilhoso é o mundo de hj que nos permite ver e conhecer sobre cidades em que nunca fomos ,mas nessa cidade “grão mogol’’ eu nasci e fui muito bem criado cidade essa que com o tempo foi ficando mais linda ainda por isso adoro ver os posts.
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História tão bela e encantadora quanto a própria igreja. Cartão postal de Grão Mogol, março da reliogiosidade de um povo. Magnífico.
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História tão bela e encantadora quanto a própria igreja. Cartão postal de Grão Mogol, março da religiosidade de um povo. Magnífico.
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Linda história! Lugar maravilhoso!
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Que lugar lindo! mostra que a beleza está na simplicidade !
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Lugar maravilhoso. Lindo 🥰😍
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Este artigo retrata toda a historia e beleza deste monumento historico que é a igreja de Grão Mogol. De fato uma das mais belas igrejas do Brasil.
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Tão maravilhosa quanto a cidade, a Matriz guarda em si as mais belas histórias de vida e arte da nossa região, quiçá do país.
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O Brasil tem tantos lugares encantadores, que os próprios brasileiros às vezes ignoram existir, mas que estão sendo aos poucos desvendados e mostrados, como nessa página. Sou apaixonado por Minas e suas cidades encantadas que conheço, como Diamantina, Ouro Preto e Serro. Quero ter o prazer de conhecer Grão Mongol e esse belo patrimônio.
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