A região de Guaratinguetá, às margens do Rio Paraíba, começou a ser povoada por portugueses em 1628, quando Jacques Félix e seus filhos se instalaram na região. Os relatos dão conta de que, no ano de 1630, fora realizada uma festa em homenagem a Santo Antônio, utilizando-se para tanto uma pequena capela de pau-a-pique e cobertura de sapé.
Com a consolidação do povoamento, foi edificada uma igreja um pouco maior, feita de taipa de pilão. Essa igreja durou mais de um século, e serviu de matriz quando o local tornou-se ponto de passagem para aqueles que transitavam entre Minas Gerais e Parati, e também entre as vilas de Taubaté e São Paulo. Foi nela que, no ano de 1739, foi batizado Antônio Galvão de França, o Frei Galvão, primeiro brasileiro a ser canonizado pela Igreja. Foi nela, também, que ele celebrou sua primeira missa.
Essa igreja passou por uma ampliação entre 1773-1780, ocasião em que provavelmente recebeu algumas de suas talhas que permanecem até hoje.
Já no século XIX – ocasião em que a região recebeu diversos imigrantes, no período do Café -, a igreja passou por uma nova reforma, já tendendo para o estilo neoclássico. E a última grande modificação ocorreu em 1913, quando as torres tiveram sua altura aumentada.
No ano de 1996 ela foi alçada ao status de catedral, mas em 2016 o Papa Francisco transferiu esse título para Aparecida, e ela voltou a ser igreja matriz.
__________________
REFERÊNCIAS:
Tirapeli, Percival. Igrejas paulistas: Barroco e Rococó. São Paulo: Unesp, 2003
http://www.casadefreigalvao.com.br/
http://www.matrizsantoantonio.com/
Belíssima! O interior de São Paulo tem inúmeros exemplares da arquitetura barroca colonial que merecem destaque. Sugiro mais posts com as Igrejas do Vale do Paraíba, como Areias, Bananal, etc.
CurtirCurtir
Matriz de Santo Antonio de Guaratinguetá, valioso monumento religioso, histórico, arquitetônico do Vale do Paraíba Paulista. Igreja onde foi batizado Santo Antonio Galvão, que recebeu a visita do imperador D. Pedro II, foi frequentada pelo menino Diogo Antonio Feijó , morador do município na infância, que teve por pároco o futuro Arcebispo de Montes Claros , Olinda e Recife e Niterói: d. Antonio Morais Junior. Monumento artístico com altares barrocos do período colonial. Belíssimo templo que deve ser visitado e conhecido. Francisco Fortes / Guaratinguetá.
CurtirCurtir