Na segunda metade do século XVIII, o local onde hoje se situa a cidade de Campinas era ocupado pela chamada “Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Bairro de Mato Grosso de Jundiaí”.
Após a elevação do local ao status de ‘vila’ no ano de 1797, iniciaram-se as tratativas para substituir a antiga igreja matriz por uma construção nova e maior. O primeiro documento que registra essa intenção é datado de 1807, e ele estipulava não somente o local onde deveria ser feita, como também previa a criação de um imposto voluntário para financiar as obras.
A parte estrutural do templo começou a ser feita em 1809 e foi terminada somente em 1846. Pelo fato de ser uma igreja de grandes proporções feita em taipa, as paredes ficaram com grande espessura.
Para a decoração interna, foi trazido da Bahia o entalhador Vitoriano dos Anjos Figueiroa, que trabalhara nos retábulos da igreja do Senhor do Bonfim. Esse artista exerceu seu ofício em Campinas a partir de 1854, e foi o responsável por fazer o volumoso altar-mor, bem como a base dos púlpitos, e os gradis e arremates das tribunas.



Após sete anos de serviços, Vitoriano foi substituído por Bernardino de Sena Reis e Almeida, que fez o entalhe do arco cruzeiro, as colunas do coro, os dois altares colaterais do cruzeiro, os altares laterais da nave, e os altares das duas capelas laterais. A madeira utilizada foi provavelmente o cedro, que adquiriu coloração escurecida após envernizamento.




Os lustres da catedral chegaram em 1883, e vieram da Maison Lite & Weill, da França.

A igreja foi oficialmente inaugurada em 08 de dezembro de 1883.
O órgão foi encomendado por Ramos de Azevedo, e feito na oficina do célebre francês Aristide Cavaillé-Coll (que, por exemplo, foi responsável por ampliar o órgão de Notre-Dame de Paris, e também por fazer o órgão da Basílica de Sacré-Coeur de Montmartre). Na catedral de Campinas, ele foi colocado em uma caixa negótica.

Os vitrais do quebra-vento e de algumas janelas são dos anos 1920, e foram feitos na Casa Conrado e na Franco & Cia.

O altar da capela do Santíssimo foi feito entre 1909 e 1910, pelo italiano Marino del Favaro.

A parte externa da igreja passou por uma série de contratempos: uma primeira fachada sofreu um desmoronamento em 1865, e outro em 1866, vitimando alguns trabalhadores. Um segundo projeto de fachada (que tinha traços neogóticos) também ruiu em 1874. Por fim, após concluírem que o problema estava na insuficiência de alicerces, uma terceira fachada foi projetada por Cristóvão Bonini, inspirado no estilo clássico de igrejas italianas. A obra foi conduzida e melhorada pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o qual também encarregou-se de refazer a fachada dos fundos.


REFERÊNCIAS:
BARRANTES, Paula Elizabeth de Maria. Da taipa ao concreto armado – o acervo da Catedral Nossa Senhora da Conceição de Campinas. São Paulo: Chiado Editora, 2015
BOA TARDE! AMEI A HISTÓRIA DA IGREJA, SEMPRE QUE TIVER ENVIE PARA MIM.
AGRADECIDA, VALÉRIA
Em seg., 3 de jan. de 2022 às 15:34, Histórias, fotografias e significados das igrejas mais bonitas do Bras
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